sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Casa Ranzini na Jornada do Patrimônio


Casa Ranzini na Jornada do Patrimônio

sábado e domingo, 27 e 28 de agosto

Confira a programação e venha participar das palestras, lançamento de livro e exposições da Casa



Sábado 27 de agosto
Domingo 28 de agosto
10h – abertura da Casa Ranzini para visitação
10h - abertura da Casa Ranzini para visitação
11h – Exposição São Paulo Artes e Etnias, telas de Percival Tirapeli
11h às 12h30 – Caiação: pintura como Técnica de Conservação
11h30 – Arte sobre Arte – palestra sobre a trajetória artística, com o artista.


12h às 13h - Lançamento do livro Arte sobre Arte – depoimentos sobre a obra de Percival Tirapeli.
12h30 às 14h – Breve Introdução à arquitetura clássica em São Paulo.
Com Gilberto da Silva Francisco
13h às 14h - Educação e Patrimônio Cultural: perspectivas e desafios

14h às 15h – Descobertas na capela mor da Candelária em Itu: uma leitura iconográfica.
Com Percival Tirapeli
14h às 15h -  A pintura invisível de Jesuíno do Monte Carmelo.
Com Eduardo Murayama

15h às 16h -  Ecletismo paulista: o arquiteto Ranzini e sua obra em São Paulo
Com Waldir Salvadore
15h às 16h – Igrejas Barrocas e Rococó da Cidade de São Paulo. Com Mateus Rosada.
16h às 17h – Joaquim Cavalheiro: um arquiteto construtor no Brás e na Moóca.
Com Lindener Pareto Júnior
16h às 17h – A pintura religiosa de Graciliano Vicente Xavier (1856 - 1935): um resgate a ser feito.
Com Myriam Salomão
17h às 18h - Sé: o largo da metrópole

18h - Encerramento das atividades do dia

17h30 - Encerramento das atividades do dia




Exposição São Paulo Artes e Etnias, telas de Percival Tirapeli

A exposição São Paulo Artes e Etnias de Percival Tirapeli é composta por dez pinturas com tinta acrílica, e mais um painel com colagem medindo 6 x 0,80 m. As telas figurativas e abstratas tem os referenciais de seu livro homônimo publicado em 2008, pelas editoras Unesp e Imprensa Oficial. Nestas obras recentes o artista trabalha com as fotografias da publicação e outras realizadas especialmente, criando um diálogo entres as obras de arte do espaço público e as fachadas paulistanas de edifícios e transeuntes.

Suas composições são verticais, articulando sempre dois motivos pictóricos. Como no livro, os capítulos são sobre as diversas etnias que compõem a multiculturalidade da grande metrópole, que durante dois séculos abriga os imigrantes oriundos de todas as partes do mundo. Assim sempre há um motivo figurativo a representar estas diversas culturas e outro motivo abstrato da arte concreta paulista. Desta forma, todas as obras são compostas por esta dualidade – figuração x abstração – que se encontra na espacialidade, provocando discursos ora sobre os estilos artísticos, ora sobre a materialidade da obra representada.

Em Danae do Arouche, a escultura de Banhista reclinada, obra de Victor Brecheret no Largo do Arouche, convive com a recente expografia da obra de Piet Mondrian, no Centro Cultural Banco do Brasil. A materialidade do bronze patinado é evidenciada na pintura em primeiro plano; a abstração flutua em formas geométricas no espaço compositivo. Em Tragédia na praça ensolarada, a escultura do italiano Luigi Brizzolara, que representa a ópera Condor do campineiro Carlos Gomes, é dramatizada entre as formas vermelhas da escultura abstrata do austríaco Franz Weissmann, Grande flor tropical.

Os diálogos entre as obras de arte concebidas por artistas que encontraram em São Paulo o lugar para expressarem sua arte, conjugam-se nas telas de Percival Tirapeli, de maneira a provocar o convívio tanto das formas como dos pensamentos dos artistas nelas expressas. Nesta Babel às avessas, na qual todos se entendem apesar dos diferentes idiomas, o artista ousa provocar os encontros inusitados -- como tem que ser em toda a obra artística.


 Percival Tirapeli em seu ateliê

Tragédia na praça ensolarada (esq) e Danae do Arouche (dir.),1,50 x 1m, 2016