Casa Ranzini na Jornada do Patrimônio
sábado e domingo, 27 e 28 de agosto
Confira a programação e venha participar das palestras, lançamento de livro e exposições da Casa
Sábado 27 de agosto
|
Domingo 28 de agosto
|
10h – abertura da Casa Ranzini para
visitação
|
10h - abertura da Casa Ranzini para
visitação
|
11h – Exposição São Paulo Artes e Etnias, telas
de Percival Tirapeli
|
11h às 12h30 – Caiação: pintura como Técnica de Conservação
|
11h30 – Arte sobre Arte – palestra sobre a trajetória artística, com
o artista.
|
|
12h às 13h - Lançamento do livro Arte sobre Arte – depoimentos sobre a obra
de Percival Tirapeli.
|
12h30 às 14h – Breve Introdução à arquitetura clássica em São
Paulo.
Com
Gilberto da Silva Francisco
|
13h às 14h - Educação e Patrimônio Cultural: perspectivas e
desafios
|
|
14h às 15h – Descobertas na capela mor da Candelária em Itu: uma leitura
iconográfica.
Com Percival Tirapeli
|
14h às 15h -
A pintura invisível de Jesuíno
do Monte Carmelo.
Com Eduardo Murayama
|
15h às 16h -
Ecletismo paulista: o
arquiteto Ranzini e sua obra em São Paulo.
Com Waldir Salvadore
|
15h às 16h – Igrejas Barrocas e Rococó da Cidade de São Paulo. Com Mateus Rosada.
|
16h às 17h – Joaquim Cavalheiro: um arquiteto construtor no Brás e na Moóca.
Com Lindener Pareto Júnior
|
16h às 17h – A pintura religiosa de Graciliano Vicente Xavier
(1856 - 1935): um resgate a ser feito.
Com Myriam Salomão
|
17h às
18h - Sé: o largo da metrópole
|
|
18h - Encerramento das atividades do dia
|
17h30 - Encerramento das atividades do dia
|
Exposição São Paulo
Artes e Etnias, telas de Percival Tirapeli
A exposição
São Paulo Artes e Etnias de Percival
Tirapeli é composta por dez pinturas com tinta acrílica, e mais um painel com
colagem medindo 6 x 0,80 m. As telas figurativas e abstratas tem os
referenciais de seu livro homônimo publicado em 2008, pelas editoras Unesp e
Imprensa Oficial. Nestas obras recentes o artista trabalha com as fotografias
da publicação e outras realizadas especialmente, criando um diálogo entres as
obras de arte do espaço público e as fachadas paulistanas de edifícios e
transeuntes.
Suas
composições são verticais, articulando sempre dois motivos pictóricos. Como no
livro, os capítulos são sobre as diversas etnias que compõem a
multiculturalidade da grande metrópole, que durante dois séculos abriga os
imigrantes oriundos de todas as partes do mundo. Assim sempre há um motivo
figurativo a representar estas diversas culturas e outro motivo abstrato da
arte concreta paulista. Desta forma, todas as obras são compostas por esta
dualidade – figuração x abstração – que se encontra na espacialidade,
provocando discursos ora sobre os estilos artísticos, ora sobre a materialidade
da obra representada.
Em Danae do Arouche, a escultura de Banhista reclinada, obra de Victor
Brecheret no Largo do Arouche, convive com a recente expografia da obra de Piet
Mondrian, no Centro Cultural Banco do Brasil. A materialidade do bronze
patinado é evidenciada na pintura em primeiro plano; a abstração flutua em
formas geométricas no espaço compositivo. Em Tragédia na praça ensolarada, a escultura do italiano Luigi Brizzolara,
que representa a ópera Condor do
campineiro Carlos Gomes, é dramatizada entre as formas vermelhas da escultura
abstrata do austríaco Franz Weissmann, Grande
flor tropical.
Os diálogos
entre as obras de arte concebidas por artistas que encontraram em São Paulo o
lugar para expressarem sua arte, conjugam-se nas telas de Percival Tirapeli, de
maneira a provocar o convívio tanto das formas como dos pensamentos dos
artistas nelas expressas. Nesta Babel às avessas, na qual todos se entendem
apesar dos diferentes idiomas, o artista ousa provocar os encontros inusitados --
como tem que ser em toda a obra artística.
Percival Tirapeli em seu ateliê
Tragédia na praça ensolarada (esq) e Danae do Arouche (dir.),1,50 x 1m, 2016